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A diferença entre Pierre Trudeau e Steven Harper

 

Nos anos da guerra do Vietnam, na década dos anos 70, o então primeiro ministro do Canadá, Pierre Trudeau, deu asilo, no Canadá, a dezenas de milhares de jovens cidadãos americanos que não concordavam com aquele conflito armado. Eu, quando exercia as funções de monitor da língua portuguesa numa escola católica em Toronto, tinha um colega cidadão deste nosso poderoso vizinho, que era da área da cidade de Búfalo e que no dia que recebeu a guia para se apresentar num quartel para ir para o Vietnam, atravessou a fronteira do Canadá e cá permaneceu uns bons anos até ao perdão aos desertores promulgado pelo então presidente Jimmy Carter, se não estou errado.

Agora, há uns meses atrás uma desertora daquelas forças armadas, Kimberley Rivera foi deportada, entregue às autoridades do Tio Sam e encontra-se na prisão à espera de julgamento. Esta asilada é casada e tem quatro filhos dois dos quais já nascidos no Canadá.

É que, se os nossos leitores não estão alerta sobre o assunto, esta cidadã e militar americana desertou por considerar aquela guerra no Iraque de "ilegal".

No entanto o governo canadiano, liderado pelo sr. Stephen Harper não aceitou as razões da senhora nem escutou a respeitada Agência Internacional - a Amnistia Internacional -  bem como a arcebispo Desmond Tutu da África do Sul (que juntamente com Nelson Mandela foi o ícone da luta contra o Apartheid) para que, por compaixão humanitária esta desertora permanecesse em território canadiano.

Nada. Nem o sr. Harper, ou o seu ministro Jason Kenney, quiseram ceder aos pedidos bem como a milhares de cidadãos canadianos que se opõem àquela guerra no médio oriente. Esta é outra razão que a política internacional do Canadá está a mudar-se para os alinhados, a favor, obviamente dos Estados Unidos, Inglaterra e outros alinhados com estes mencionados dois países,  deixando, desta forma, a tradicional linha pacifista que alguns primeiros ministros criaram há uns longos anos atrás, o Lester Pearson e Pierre Trudeau.

É que há já países que não nos estão a ver com bons olhos o envolvimento do Canadá, tomando partido em acções de combate,  como é no presente no Iraque e Afeganistão. E isto, na minha opinião, é mau para todos nós. Era esta, a nossa determinação de não nos envolvermos em lutas apoiando esta ou aquela fação ou este ou aquele governo, que nos dava a postura de sermos respeitados por todas, ou quase todas, as nações deste planeta.

Estou crente que está absolutamente errado a política do Canadá nestes últimos anos de se fazer alinhar em invasões, com armas na mão, de países soberanos embora esses mesmos governos, como sabemos, não sejam na pura das verdades os mais democráticos e respeitadores dos básicos princípios democráticos e humanitários.  

Só espero que não haja repercussões neste tipo de acções onde prevaleçam as vinganças contra cidadãos canadianos que se deslocam em férias, negócio ou reunião com amigos e familiares por esse mundo fora.

Até agora estávamos, não imunes, mas à vontade pela simpatia que o Canadá granjeou pela sua política de não alinhamento.  Daqui para o futuro, só Deus nos dirá....

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